Roberto Fava Scare e Julia Cavalheri Tittoto

Em nossas andanças pelo Brasil nos Projetos de Consultorias e dando aulas de MBA, é
bastante comum ouvirmos das Lideranças Atuais do Agro, que atuam na distribuição de
insumos (Indústria, Revendas e Cooperativas Agrícolas), nas Fazendas, nas Tradings, nas
Usinas e demais elos da cadeia produtiva, que um dos fatores que ameaçam a
sustentabilidade do seu negócio é a falta de mão de obra e profissionais qualificados no
mercado.
A maioria relata o quanto há desconexão e defasagem entre a qualidade dos
profissionais formados e as competências demandadas pelo mercado de trabalho.
“Profissionais recém-formados chegando aqui na empresa sabendo pouco de teorias, e
quase nada de prática. O mercado está competitivo, mudando e evoluindo muito rápido.
A cada dia surgem ferramentas novas, sistemas de gestão, softwares de agricultura de
precisão, ferramentas de gestão de clientes (CRM), análise de crédito, ferramentas de
Business Analytics e inteligência de mercado, entre outras, que servem para nos ajudar
a administrar melhor o nosso negócio e o negócio dos nossos clientes, os produtores
rurais. Está complicado encontrar profissionais competentes e qualificados para nos
ajudar com esses novos desafios. E que saibam se comunicar e se relacionar bem com
os clientes e colegas de trabalho.”
Você, Agrodistribuidor, também enfrenta esse desafio? Acompanhe conosco aqui 3
formas de resolver isso!

  1. Aperfeiçoe o Processo de Recrutamento e Seleção de Pessoas
    Estar presente nas redes sociais, principalmente LinkedIn e Instagram, compartilhar o
    propósito, valores e cultura da empresa são estratégias que tem ajudado Gestores e o
    depto de Recursos Humanos a aumentarem a visibilidade da Empresa e atraírem mais
    candidatos para os processos seletivos.
    De acordo com as Pesquisas, 9 em cada 10 pessoas são contratadas ou promovidas nas
    Empresas pelo nível de conhecimento técnico (formação acadêmica e experiências) e
    depois demitidas por questões comportamentais (falta de inteligência emocional e de
    autocontrole, má gestão do tempo e prazos, resistência a mudanças, comunicação
    agressiva, dificuldade de trabalho em equipe, entre outras).
    Análise de currículo, entrevista e testes práticos de conhecimento técnico somente, já
    não são suficientes para ter êxito no processo seletivo. Incorporar mapeamentos de
    perfil comportamental (assessments), dinâmicas de grupo e desafios são essenciais para
    avaliar se os candidatos têm as competências comportamentais necessárias para a
    vaga/função. Para a área comercial, por exemplo, é crucial buscarmos candidatos que
    tenham perfil alta dominância, com foco em resultado, proativo, dinâmico e alta
    influência, que saiba se comunicar bem e tenha alta capacidade de persuasão.
  2. Aumente Benefícios e Incentivos para reter Talentos
    Costumamos escutar também Gestores Atuais do Agro lamentando quando bons
    profissionais, ou “meu braço direito” pedem demissão e mudam de emprego. Já parou
    para refletir sobre as causas que levam as pessoas a se desmotivarem e pedirem
    demissão? A maioria das pesquisas indica que os principais motivos são: falta de
    reconhecimento e conexão com o propósito da empresa, estagnação da função e falta
    de oportunidade de crescimento e novos desafios, políticas internas ultrapassadas,
    gestor que não escuta e não apoia, clima organizacional rodeado por tensão e medo,
    falta de autonomia e flexibilidade, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, falta de
    visão em relação a plano de carreira e desenvolvimento, e insatisfação com a
    remuneração. Ou seja, é importante estar atento as necessidades das pessoas e
    conhecer bem os seus colaboradores para criar um Programa de Benefícios e Incentivos
    assertivo e completo, além dos mais comuns como plano de saúde, plano odontológico,
    vale alimentação e combustível etc. Essas necessidades quando supridas, levam os
    talentos a se sentirem reconhecidos e valorizados pela sua dedicação e realizados
    profissionalmente, e a resposta tende a ser maior fidelidade e engajamento em
    trabalhar para levar a empresa a patamares mais elevados.
  3. Invista na Formação e Desenvolvimento das Pessoas
    Sim, é verdade o mercado está carente de bons profissionais! No entanto, de nada
    adianta ficar repetindo essa fala. Se não fizermos nada, essa realidade não vai mudar e
    a tendência é piorar daqui para frente! Nós, as Empresas, precisamos assumir um papel
    mais ativo na formação de profissionais qualificados.
    Por exemplo, desenvolvendo Programas de Estágio e Trainee em parceria com
    Instituições de Ensino, dando oportunidade aos estudantes de aplicarem na prática os
    conhecimentos vistos em sala de aula, experienciarem o dia a dia de trabalho, errarem
    e aprenderem com os erros, aprenderem a respeitar a hierarquia e os diferentes pontos
    de vista, a trabalhar em equipe, entre outras habilidades que são imprescindíveis para
    ter sucesso no mercado hoje.
    Outra forma de minimizar essa ameaça, é investir em treinamento e desenvolvimento,
    principalmente para Líderes. Estar num cargo/posição de Gestão e Liderança, não
    necessariamente significa que o profissional é um bom Gestor e Líder. Em geral, o que
    ocorre nos Distribuidores Agro é a promoção do Consultor de Vendas a Gerente de Filial
    devido ao alto faturamento que ele trouxe para o negócio e seu nível de conhecimento
    técnico. No entanto, é comum acontecer deste profissional não performar como Líder
    e, muitas vezes, acabar sendo “promovido para o mercado” e a empresa acaba
    perdendo duas vezes, o Gerente desqualificado e o bom Consultor de Vendas.
    Além do conhecimento e habilidades técnicas, para apresentar alta performance como
    líder de equipe, os Gestores necessitam ter bem desenvolvidas as habilidades
    comportamentais, as chamadas soft skills. Destacando alguns exemplos, a inteligência
    emocional para lidar com momentos de tensão, adversidade e pressão. Visão sistêmica
    da empresa para saber lidar quando um Consultor de Vendas não quer cumprir o
    processo de análise de crédito e solicitar as documentações necessárias para o cliente.
    Comunicação assertiva na hora delegar uma tarefa, dar um feedback de modo
    adequado, inspirar e motivar os membros da equipe, entre outras. É de Líderes com soft
    skills bem desenvolvidas que as pessoas querem estar próximas!
    Diante desses desafios, surge a Harven Agribusiness School, uma solução de ensino
    aplicado e global que vem de Empresários do Agro desenhada para formar Talentos para
    o Agro. Uma parceria entre a Markestrat Agribusiness, empresa de Projetos de
    Consultoria, Inteligência de Mercado e Educação Corporativa voltada para o mercado
    Agro, e o Grupo SEB, um dos maiores grupos de educação do País. Inovadora e alinhada
    às necessidades do mercado, a Harven terá cinco propostas de profissionalização e
    imersão no Agronegócio: Graduações, Pós-Graduações, Programas In Company,
    Plataformas Digitais e Intercâmbios. Os Programas In Company são a continuidade do
    trabalho exercido nos últimos 20 anos pela Markestrat Agribusiness e estão em
    andamento atendendo de forma customizada as necessidades das empresas do Agro.
    Em 2024, serão iniciados dois cursos de Graduação (Administração com foco em
    negócios agroindustriais e Engenharia de Produção voltada para tecnologia do
    agronegócio), bem como Pós-graduações e especializações presenciais e virtuais,
    intercâmbios e plataforma de assinaturas digitais. Para tanto, a Harven conta com a
    expertise internacional da Markestrat Agribusiness, que já prestou serviços para mais
    de 450 companhias em 30 países.
    Sobre os autores:
    Roberto Fava Scare – CEO da Harven Agribusiness School e Sócio fundador da
    Markestrat Agribusiness.
    Julia Cavalheri Tittoto – Coordenadora do Curso de Graduação em Administração da
    Harven Agribusiness School e Consultora da Markestrat Agribusiness, especialista em
    Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas.